domingo, 7 de junho de 2020

A poesia de Serra Azul

Lendas, assombrações e versos intimistas na poesia de Luiz Eduardo Serra Azul, o Piudo.

Por Paiva Neves
   
Sábado último, dia 06 de junho, beirando às comemorações dos santos juninos, partiu o nosso Piúdo, o cara simples de sorriso largo. Esse ser humano foi múltiplo na vida e na arte. De trabalhador das madrugadas do CEASA, a boêmio; de festeiro frequentador de bares a declamador de poesias; de contador de piadas a compositor; de poeta de sonetos clássicos à cordelista.

     Luiz Eduardo Serra Azul, o Piudo foi talvez o poeta que melhor expressou nossa poesia. Não ficou preso a um único estilo. Escreveu cordéis, sonetos, acrósticos, poemas de amor, lendas urbanas, compôs letras para músicas e contava piada como só ele sabia.

   Conheci Piudo em 1999, quando, juntamente com Antonio Carlos da Silva, Francisco Bento e Alexandre Magno, na Pajuçara editamos um jornal cultural. Tínhamos muitos projetos e o jornal Aporta Cultural do Aletófilos era o elo que veiculava nossos sonhos.

     Nos reencontramos em 2010, nas Bienais, partilhando os mesmos projetos em torno da divulgação do cordel. Em 2016 tornei-me editor e publiquei 02 títulos do poeta. Luíza Eduardo Serra Azul escreveu muito mais do que publicou e essa produção precisa ser impressa. O desafio é fazer a recolha desse material e publicá-lo em sua memória.

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